Dados do Trabalho


Título

FOSSA SUPRACLAVICULAR: ANATOMIA E LESÕES

Introdução e objetivo(s)

A complexidade da anatomia da fossa supraclavicular, que apesar de pequena compreende uma vasta gama de estruturas musculares, vasculares, nervosas e linfáticas, implica uma variedade de diagnósticos diferenciais das patologias que podem acometê-la, incluindo lesões de etiologias neoplásica, infecciosa, congênita e traumática/ iatrogênica.
O objetivo deste ensaio pictórico é revisitar a anatomia da fossa supraclavicular e discutir o diagnóstico diferencial das lesões desta região.

Método(s)

Foram selecionados os casos mais ilustrativos de exames de TC multislice e RM do nosso arquivo didático.

Discussão

A complexa anatomia da fossa supraclavicular inclui estruturas neurovasculares, como a artéria e veia subclávias e o plexo braquial, musculares e estruturas linfáticas cruciais para a drenagem de todo o restante do corpo. As lesões da fossa supraclavicular podem ter natureza neoplásica, infecciosa, congênita ou traumática/ iatrogênica.
As lesões neoplásicas mais comuns desta região podem ter origem em estruturas nervosas (tais como neurofibromas e schwannoma), na gordura (lipomas e lipossarcomas) ou nas estruturas linfáticas. O acometimento linfático neoplásico pode decorrer de lesão primária (por exemplo, linfoma) ou secundária. As estruturas linfáticas principais da fossa supraclavicular variam conforme a lateralidade, levando a um certo padrão esperado de disseminação neoplásica de acordo com o sítio primário. À direita, o ducto linfático é responsável pela drenagem do hemitórax direito, do membro superior direito e da região cervical direita. À esquerda, temos o ducto torácico, que drena linfa dos membros inferiores, da maioria dos órgãos abdominais e pélvicos, do hemitórax esquerdo e do membro superior esquerdo.
As lesões de etiologia congênita podem decorrer do desenvolvimento anômalo do trato respiratório ou gastrointestinal, dentre os quais podemos citar os cistos epidermoides, higromas e cistos broncogênicos.
As lesões de natureza infecciosa podem ter diferentes agentes etiológicos e decorrer de disseminação de processo infeccioso provenientes das regiões cervical e torácica.
As lesões traumáticas/ iatrogênicas da fossa supraclavicular incluem hematomas, pseudoaneurismas vasculares, linfoceles e lesões traumáticas do plexo braquial.

Conclusões

A compreensão da complexa anatomia da fossa supraclavicular é essencial para a avaliação do amplo diagnóstico diferencial das patologias desta região.

Palavras Chave

FOSSA SUPRACLAVICULAR; Diagnóstico por imagem

Arquivos

Área

Cabeça e Pescoço

Instituições

Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo - Brasil

Autores

LARISSA CAVALCANTE BOMFIM, TALITA YUMI CINTHO, HUGO LUÍS DE VASCONCELOS CHAMBI TAMES, CAROLINA RIBEIRO SOARES, REGINA LUCIA ELIA GOMES