Dados do Trabalho


Título

A CONTRIBUIÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CARDÍACA COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA DE MIOCARDITE EM PACIENTES ACOMETIDOS PELA COVID-19

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Por meio de revisão da literatura documental integrativa, buscou-se evidenciar a contribuição da Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) frente ao diagnóstico de miocardite em pacientes com Covid-19, discorrer técnicas e critérios de diagnóstico, elencar as complicações cardíacas provocadas pela Covid-19 e avaliar o perfil e prognóstico do paciente cardiopata.

Descrição da(s) doença(s), método(s) e/ou técnica(s)

A Covid-19 atingiu níveis pandêmicos em Março em 2020, desencadeando não apenas a síndrome respiratória, como também outras manifestações sistêmicas. As manifestações que acometem o sistema cardiovascular, assim como as comorbidades cardíacas, estão relacionadas a alta gravidade e letalidade pela doença. Com a pandemia, vários relatos de pacientes com Covid-19 e quadro de miocardite aguda foram descritos na literatura. A Ressonância Magnética Cardíaca (RMC) possui alto valor diagnóstico para a avaliação de suspeita ou diagnóstico de miocardite, e visualizou-se crescimento da quantidade de solicitações da técnica em pacientes acometidos pela Covid-19.

Discussão

Após filtragem de 31 artigos coletados nas bases de dados, foram selecionados no total 07 artigos, totalizando a amostragem de 245 pacientes, com idade mínima de 6 anos e máxima de 71 anos. Todos os casos relatados são de pacientes com positividade confirmada de infecção por SARS-CoV-2 e diagnóstico de miocardite aguda. Os sinais clínicos da miocardite por Covid-19 são variáveis, com a maior gravidade sendo caracterizada por choque cardiogênico, sendo a RMC é uma técnica não invasiva de diagnóstico, onde destaca-se como achados diferenciais o edema miocárdico e realce tardio pelo contraste gadolínio.

Conclusões

A utilização de um protocolo específico em RMC para a pesquisa de injúria miocárdica é de extrema importância para o diagnóstico, visto que apenas com o uso de sequências e técnicas específicas é possível visualizar os pontos de lesão e achados diferenciais. Destaca-se em RMC a presença de edema miocárdico e realce tardio pelo contraste gadolínio como achados diferenciais para o diagnóstico de miocardite aguda. O realce tardio pelo gadolínio pode ser um achado indicador do mecanismo etiológico da lesão e prognóstico, visto que a ausência do realce pode indicar recuperação e bom prognóstico com etiologia imunomediada.

Palavras Chave

Miocardite; COVID-19; Ressonância magnética (RM)

Arquivos

Área

Biomedicina

Instituições

Hospital Sírio-Libanês - São Paulo - Brasil

Autores

JULIA AUGUSTA DE SOUZA BURATTI, FLÁVIA CRISTINA BARBOSA LACERDA, DENNIS HENRIQUE LEANDRO DA SILVA