Dados do Trabalho


Título

Calculadora de risco de densidade mineral óssea baixa nos estudos convencionais de tomografia computadorizada

Descrição sucinta do(s) objetivo(s)

Desenvolver uma calculadora de risco de densidade óssea reduzida (osteopenia ou osteoporose) de livre acesso aos radiologistas brasileiros para uso nos estudos convencionais de tomografia computadorizada realizada por outros motivos.

Material(is) e método(s)

Estudo retrospectivo realizado em dois centros diagnósticos. Incluíram-se pacientes adultos que realizaram estudos de TC sem contraste e densitometria mineral óssea (DMO) entre 2016 e 2023 com intervalo máximo de seis meses. Coletaram-se os escores T das DMOs e a atenuação trabecular média de L1 nos planos axial, sagital e coronal. As atenuações médias de L1 foram comparadas pelo teste de Kruskal-Wallis. Avaliou-se a correlação entre os escores T da DMO e a atenuação tomográfica de L1 pelo coeficiente de correlação de Spearman (ρ). Foram obtidas curvas ROC para determinar pontos de corte diagnósticos e sua sensibilidade e especificidade, bem como a concordância interobservador pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI). A partir dos resultados obtidos, desenvolveu-se uma calculadora de risco disponível no domínio www.osteotc.com.br.

Resultados e discussão

500 pacientes foram inclusos (464 mulheres e 36 homens; média de idade: 63,6 ± 10,6 anos), com média de 63,2 dias entre os exames e prevalência de osteoporose de 25,8%. A atenuação média de L1 à TC foi significativamente menor nos pacientes osteopênicos e osteoporóticos em relação àqueles com densidade óssea normal à DMO em todos os planos (p < 0,001). O plano sagital demonstrou o maior coeficiente de correlação com escores T densitométricos (ρ = 0,573; p < 0,001), a maior área abaixo da curva ROC na identificação de DMO anormal (0,791; p < 0,001) e a maior concordância interobservador (CCI = 0,992; p < 0,001). Atenuação média de L1 ≤ 100 UH no plano sagital foi capaz de identificar densidade óssea reduzida (osteopenia ou osteoporose) com valor preditivo positivo de 96,4%, enquanto uma atenuação média superior a 180 UH foi capaz de excluir osteoporose com valor preditivo negativo de 95,1%. A partir destes resultados, foram criadas categorias de recomendação de conduta.

Conclusões

A avaliação tomográfica de L1 é capaz de identificar oportunamente pacientes com densidade óssea alterada (osteopenia ou osteoporose), permitindo discriminar, sem custo ou radiação adicionais, pacientes que se beneficiarão por avaliação densitométrica formal.

Palavras Chave

osteoporose; osteopenia; densitometria óssea

Arquivos

Área

Sistema Musculoesquelético

Instituições

Hospital Universitário de Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

FELIPE WELTER LANGER, FERNANDO SCHAFFAZICK, CAMILA PIOVESAN WIETHAN, GIOVANNI BRONDANI TORRI, GUILHERME MAIA, CARLOS JESUS PEREIRA HAYGERT, MARCOS CORDEIRO D'ORNELLAS