Dados do Trabalho


Título

Pancreatite aguda: do diagnóstico às sequelas, um guia prático para o residente.

Introdução e objetivo(s)

A pancreatite aguda é causa relevante de atendimentos em pronto socorro e internações hospitalares. A tomografia computadorizada é amplamente utilizada e pode ser solicitada em diversos contextos como diagnóstico inicial de dor abdominal inespecífica, avaliação de gravidade em casos confirmados da doença e no controle evolutivo para avaliação de complicações tardias e sequelas. Dessa forma, destaca-se que o espectro de alterações na imagem da pancreatite aguda é vasto e pode ser desafiador para o residente.
O objetivo deste trabalho é propor uma avaliação tomográfica estruturada da pancreatite com base na disseminação das alterações inflamatórias pelos espaços retroperitoneais tendo em vista quatro pilares: detecção / diagnóstico, classificação, busca ativa de complicações e avaliação de alterações tardias / sequelas.

Método(s)

Trata-se de um ensaio pictórico, demonstrando por meio de casos da instituição, os pilares da avaliação tomográfica da pancreatite aguda, a anatomia dos espaços retroperitoneais e o padrão de disseminação das alterações inflamatórias por esses espaços.

Discussão

A avaliação da pancreatite por tomografia computadorizada tornou-se indispensável atualmente. O radiologista tem papel: na detecção, onde pode sugerir o diagnóstico pela tomografia em casos de dor abdominal atípica; na classificação de gravidade com base na presença de necrose do parênquima pancreático; na busca ativa de complicações, sobretudo vasculares (trombose e pseudoaneurimas); na avaliação de complicações tardias e sequelas como pseudocistos e aderências. Há ainda casos mais desafiadores relacionados à sequelas tardias como pseudocistos e aderências, que podem simular lesões císticas pancreáticas e outras lesões neoplásicas, sobretudo quando o antecedente de pancreatite não é relatado ou mesmo não é conhecido por não ter sido adequadamente diagnosticado. Nesses casos o conhecimento do padrão de disseminação das alterações inflamatórias da pancreatite pelos espaços retroperitoneais pode auxiliar o radiologista na suspeição de uma pancreatite prévia e evitar intervenções desnecessárias.

Conclusões

A tomografia é indispensável no cuidado dos pacientes com pancreatite aguda e sua interpretação correta pode ter impacto nas decisões clínicas. A avaliação tomográfica estruturada proposta (detecção, classificação, busca ativa de complicações e avaliação de alterações tardias) pode servir de auxílio para o residente de radiologia.

Palavras Chave

PANCREATITE; Tomografia Abdominal

Arquivos

Área

Abdominal/ Trato Digestório

Instituições

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - São Paulo - Brasil

Autores

LAVINIA FERREIRA DIAS, MATHEUS MARCELINO DIAS, LUCAS CHAGAS AQUINO, JULIO CESAR PINO OROPEZA, ROBERTA CASTRO LINHARES, THAIS CALDARA MUSSI DE ANDRADE GOBBO, RONALDO HUEB BARONNI HUEB BARONI, THIAGO MENEZES BARAVIERA