Dados do Trabalho


Título

ELASTOGRAFIA HEPÁTICA: A IMPORTÂNCIA DA SUA INTERPRETAÇÃO

Introdução e objetivo(s)

Em 2003 a literatura médica citou pela primeira vez um novo método de avaliação hepática: a elastografia por ultrassom. Através de um único exame tornou-se possível uma análise ultrassonográfica do fígado pelo modo B, Doppler e elastografia, obtendo-se dados sobre a morfologia hepática, o Doppler do sistema porta e os valores de rigidez do parênquima.
A partir das informações adquiridas pelo exame é necessário realizar uma interpretação adequada, baseada no contexto clínico-laboratorial e considerando-se a possibilidade de eventuais fatores confundidores que possam elevar os valores obtidos.
Cabe ao médico radiologista o papel de interpretar o exame, compartilhando esta análise com o médico solicitante, possibilitando uma conduta terapêutica mais assertiva.
Esse ensaio pictórico mostra a importância da correlação clínica na interpretação de resultados e como isso aumenta a efetividade do método, valorizando a ação do radiologista.

Método(s)

Foram utilizadas imagens e dados clínico-laboratoriais dos pacientes do nosso serviço e a ativa participação do médico radiologista na interpretação dos resultados.
Revisão de literatura sobre dados epidemiológicos, fatores confundidores, preditivos e rendimento diagnóstico.

Discussão

Considerando-se a alta prevalência mundial de doenças hepáticas é crescente o número de solicitações de elastografia, sendo necessário que o médico radiologista tenha conhecimento técnico para quantificar corretamente a rigidez hepática, mas tão importante quanto isto é saber interpretar os resultados obtidos no contexto clínico-laboratorial, considerando-se a possibilidade de eventuais fatores confundidores que possam interferir nos valores mensurados.
Através de uma análise detalhada é possível a elaboração de um laudo resolutivo que oriente a conduta do médico solicitante, o que além de evitar interpretações errôneas e a realização de exames desnecessários ou mal indicados, torna o radiologista um elemento fundamental na tríade que se estabelece com o paciente e médico solicitante.

Conclusões

O radiologista ao realizar a elastografia hepática não deve apenas fornecer um valor numérico de quantificação da rigidez hepática, mas deve contextualizá-lo no quadro clínico-laboratorial de cada paciente, elaborando um laudo que auxilie o médico solicitante no manejo clínico desses indivíduos.
Esta conduta possibilita a valorização do método e do profissional radiologista, tornando-os imprescindíveis no seguimento dos pacientes hepatopatas.

Palavras Chave

Elastografia Hepática; Ultrassonografia

Arquivos

Área

Abdominal/ Trato Digestório

Instituições

Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) - São Paulo - Brasil

Autores

FERNANDA CHIAROT FLORES FLEMING, VICTOR ARTHUR OHANNESIAN, LUIZ CÉSAR DORNELLAS NASCIMENTO, MIGUEL JOSÉ FRANCISCO NETO