Dados do Trabalho


Título

EXPLORANDO AS LESOES CÍSTICAS PANCREÁTICAS – UM ENSAIO PICTORIAL

Introdução e objetivo(s)

As lesões císticas pancreáticas são lesões com conteúdo líquido bem definidas, sendo a maioria delas incidentalmente diagnosticadas (incidentalomas). Elas possuem etiologias diversas, destacando-se as inflamatórias, neoplásicas e traumáticas. O radiologista possui um papel chave no diagnóstico e avalição dessas lesões, que em sua maioria são benignas.
Este estudo tem como objetivo diferenciar as lesões císticas pancreáticas, revisando seus aspectos epidemiológicos e radiológicos. Além disso, serão abordados os diagnósticos diferenciais e suas principais características.

Método(s)

Ensaio pictorial, em que foram utilizadas imagens anonimizadas de pacientes submetidos a ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, portadores de lesões císticas pancreáticas.

Discussão

O pseudocisto é uma lesão benigna que ocorre como complicação secundária em paciente com história prévia de pancreatite aguda ou trauma pancreático. São caracterizadas lesões contendo secreção pancreática envolvida por tecido fibroso, apresentando marcado hipersinal T2.
A neoplasia cística mucinosa é uma lesão exclusiva de mulheres de meia-idade. Normalmente se manifesta como lesão cística unilocular, na cauda ou corpo do pâncreas, que pode apresentar calcificações parietais e apresenta um alto sinal T2.
A neoplasia serosa cística é mais prevalente em mulheres idosas, tendo característica microcística, contendo fluido seroso, porém também pode se apresentar como macrocistos, microcistos mistos e sólidos. Achados como cicatriz central e calcificações são frequentes.
A neoplasia sólida pseudopapilar é uma neoplasia rara, usualmente em mulheres jovens, sólido-cística com uma cápsula com realce semelhante ao do hemangioma, podendo apresentar hemorragia intratumoral.
A neoplasia mucinosa intraductal papilar (IPMN) é uma lesão semelhante a neoplasia cística mucinosa, porém sem as calcificações e cicatriz central. Ela obrigatoriamente apresenta conexão com o ducto pancreático, uma dilatação do ducto pancreático principal e pode se apresentar apenas como uma lesão cística caso tenha um envolvimento de apenas um segmento pequeno.
O tumor neuroendócrino, na maioria das vezes não funcionante, exibe realce anelar na tomografia computadorizada contrastada. Por vezes apresenta degeneração cística/necrótica, fazendo diagnóstico diferencial com as demais lesões citadas.

Conclusões

Os radiologistas possuem um papel fundamental na avaliação das lesões císticas pancreáticas, no diagnóstico diferencial e suspeição de malignidade, auxiliando na definição da melhor abordagem terapêutica clínica ou estratégia cirúrgica.

Palavras Chave

pâncreas; cistos; microcistos

Arquivos

Área

Abdominal/ Trato Digestório

Instituições

Hospital Sírio-Libanês - Distrito Federal - Brasil, Hospital Universitário de Brasília - Distrito Federal - Brasil, Laboratório Exame - Distrito Federal - Brasil

Autores

TIAGO VASQUES BERTONCINI, GABRIELA RAMOS RIBEIRO, EDINALDO GOMES DE OLIVEIRA NETO, MAYRA VELOSO AYRIMORAES SOARES